Intervenção: Voto de Louvor Irmandade de Nossa Senhora Lapinha
Ex.mo Sr. Presidente da Assembleia, digníssima mesa,
Ex.mo Sr. Presidente da Câmara Municipal e restante Vereação
Ex.mos Srs. Deputados
Minhas Senhoras, meus senhores,
Em tempos de tão grande crise de identidade e valores, é justo realçar que o concelho de Guimarães mantém ainda intactas e vivas inúmeras formas de expressão cultural, cívica e religiosa, que tantas vezes se cruzam, conferindo um enorme peso de tradição que faz encher de orgulho os nativos e residentes nestas terras tão carregadas de história e histórias desde o dealbar dos tempos.
A seu tempo, olhou-se mais para o património construído que para o património imaterial. Resultou daqui que boa parte do concelho está protegido nas suas várias edificações de carácter histórico e cultural, desde os tempos pré-históricos até aos anos mais recentes, com reconhecimento internacional, nacional e local através de entidades como a Unesco, os ministérios e direcções gerais, a câmara municipal e até as juntas de freguesia.
Agora, com recente publicação do Decreto-Lei n. 139/2009 de 15 de Junho, que estabelece o regime jurídico de salvaguarda do património cultural imaterial, é tempo de olharmos para os eventos históricos que Guimarães acolhe centenariamente e que estão implantados, com muita força ainda, em vários pontos do concelho, com forte ligação à terra e agricultura, à religião e a formas de expressão artística singulares e quase desaparecidas.
Ex.mo Senhor Presidente,
Julgamos por isso que o apoio solicitado pela Irmandade de Nossa Senhora Lapinha com vista à inscrição da Senhora-à-Vila ou Ronda da Lapinha como Património Cultural Imaterial de Portugal deve ser acarinhada por todos nós e defendida de forma veemente não apenas neste momento mas nos anos vindouros com políticas culturais de protecção a esta, como a outras iniciativas que tão fortemente marcam e identificam Guimarães.
Assim sendo, o PSD vem saudar os enormes progressos que têm sido feitos pela Irmandade de Nossa Senhora da Lapinha no sentido de proteger e manter bem viva esta manifestação de Clamor ancestral, com uma autenticidade e força que permite sonhar, talvez, fazer chegar a mesma a Património Cultural Imaterial da Humanidade, sob o alto patrocínio da Unesco, pois “as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante do seu património cultural” assenta bem à Ronda da Lapinha. Mais ainda, o PSD dentro do seu âmbito de partido do arco governativo vem se colocar inteiramente à disposição da partes para ajudar a Irmandade, e todos os demais vimaranenses que estejam envolvidos neste processo, na prossecução deste objectivo.
Obrigada pela Vossa atenção
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